Governo do Estado do Espírito Santo

Você já ouviu falar de Govtech?

As startups estão provocando profundas mudanças na relação das empresas com os consumidores. Um bom exemplo disso é a Uber, que alterou a forma de as pessoas utilizarem o tradicional táxi. No setor financeiro, as fintechs (Nubank, PicPay etc.) também estão causando modificações significativas na vida das pessoas.

Na administração pública, as Govtechs (modalidade de startups voltadas para o segmento governamental) também estão participando de ações para modernizar a gestão. É um movimento que está se solidificando no Brasil.

Neste artigo, vamos destacar como esse modelo de startup funciona e apontar exemplos de iniciativas voltadas para modernizar o setor público. Confira!

Entenda melhor essa nova tendência

Além de contar com um foco direcionado para dinamizar os serviços governamentais, as Govtechs se caracterizam por priorizarem três pontos:

  • Utilização de ferramentas digitais;
  • Adoção de novas tecnologias que atuam com a análise e a geração de dados;
  • Experiência de profissionais que já trabalharam nos setores público e privado e que estão engajados em melhorar os serviços disponibilizados aos cidadãos.

As Govtechs têm como um dos principais desafios fazer com que uma solução atinja de forma plena toda a população. Além disso, tem como principal cliente o Governo, que necessita de alternativas mais eficientes para implementar políticas públicas e gerenciar melhor os recursos financeiros, materiais e humanos disponíveis.

Segundo pesquisa feita pela consultoria PiceWaterhouseCoopers sobre o cenário das Govtechs no Reino Unido, o investimento nessa modalidade de startup apresentou um crescimento de 198%, em 2017.

Esse movimento é explicado pelo fato de as Govtechs estarem atuando em contratos menores com o Poder Público e que proporcionam a essas startups prestarem um atendimento dentro das regras governamentais.

Exemplos

No Brasil, existem Govtechs que atuam com foco na modernização do atendimento aos cidadãos. Uma delas é a UPSaúde, que desenvolveu uma plataforma de Telemedicina usada por médicos e psicólogos. A ferramenta também realiza a marcação de consultas e a gestão integrada para o SUS.

Outro exemplo é a Sipremo, responsável por criar uma inteligência artificial com recursos para monitorar e prever com bastante antecedência o momento e o local em que um desastre natural pode ocorrer. O resultado das análises da plataforma pode ser acompanhado em tempo real.

Com a intenção de ajudar os gestores públicos a entender os anseios da população, a CityTech desenvolveu uma plataforma que coleta informações em várias fontes (Facebook, site de Notícias, Twitter etc.). Por meio de técnicas de inteligência artificial, esses dados são encaminhados para a administração pública, que terá mais condições de assimilar as demandas da população e adotar iniciativas para contemplá-las.

Na área de educação, a Govtech Signa criou uma plataforma com cursos on-line para pessoas surdas. A intenção é ajudá-las a conseguir uma formação profissional por meio de conteúdos disponibilizados em libras (língua brasileira de sinais). 

O avanço tecnológico e a necessidade de uma atuação mais ágil e atenta às demandas populacionais abrem um espaço para o crescimento das Govtechs na administração pública brasileira nos próximos anos.

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Tópicos:
Govtech, startups
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