Governo do Estado do Espírito Santo

Governança de inteligência artificial deve ser prioridade nas organizações

A adoção de uma política de governança de Inteligência Artificial (IA) não está presente nas organizações brasileiras.  De acordo com estudo da IBM, 87% das instituições nacionais não empregam essa prática. Esse cenário indica que há um longo caminho a ser seguido, para a IA ser utilizada de maneira mais estratégica.

Além disso, mostra que as corporações precisam correr contra o tempo para minimizar riscos ligados à segurança da informação, quando o uso da inteligência artificial não é devidamente supervisionado.

Segundo pesquisa da IBM, o custo médio de uma violação de dados no Brasil é de R$ 7,19 milhões. Esse número reforça o perigo de abrir espaço para a Shadow AI: iniciativa que envolve o emprego não autorizado ou sem supervisão de sistemas de IA.

E para enfrentar esse problema de forma adequada, um bom caminho é a governança de inteligência artificial. Ela consiste em práticas, processos e regras que norteiam o uso dessa tecnologia em uma instituição.

Dessa forma, contribui para que a inteligência artificial tenha um uso consciente com foco em ética, privacidade, conformidade regulatória, e segurança. Essa postura é fundamental não apenas para o cumprimento da legislação, mas também para que o emprego dos sistemas de IA estejam alinhados aos valores organizacionais de forma consistente.

Para a política de governança de inteligência artificial sair do papel, é indispensável que haja uma análise responsável dos riscos ligados aos recursos de IA e dos procedimentos necessários para reduzi-los ao máximo.

Em outras palavras, é necessário haver um procedimento ético na avaliação dos resultados que a IA pode proporcionar e um combate eficaz a eventuais erros que possam ser provocados pelos algoritmos. Se não houver esse cuidado, são grandes as chances de haver falhas na automação e na geração de informações corporativas, o que pode levar a decisões ruins.

Também é muito importante que haja um direcionamento para a transparência. Esse cuidado precisa abranger, inclusive, as instituições que não atuam com o desenvolvimento de soluções de IA. Afinal, uma compreensão clara das funcionalidades das ferramentas é peça-chave para uma utilização adequada e responsável. Isso, sem dúvida, impacta no desempenho dos processos a serem automatizados pela inteligência artificial.

Mais um aspecto indispensável para a governança de IA envolve a segurança dos sistemas. Independentemente do cenário, é preciso muita cautela com os dados a serem inseridos nas soluções. O motivo é que elas podem expor informações financeiras estratégicas, segredos comerciais e outros dados sensíveis.

Outro pilar de grande relevância na governança de IA é a privacidade. Essa situação se torna ainda mais impactante quando essa tecnologia abrange informações pessoais de colaboradores, clientes ou parceiros. Se houver algum vazamento desses dados, a organização poderá ser punida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e até enfrentar processos judiciais.

Por esse conjunto de fatores, a governança de IA deve ser o compromisso assumido com seriedade e contar com uma equipe multidisciplinar. Assim, aumentam as chances de os recursos de inteligência artificial serem empregados de forma ética, transparente, segura e com foco na privacidade.

 

 

 

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