Governo do Estado do Espírito Santo

Setor de TI na contramão da economia nacional

A pandemia e as incertezas na economia prejudicaram diversos segmentos (turismo, eventos e serviços, por exemplo). Já o setor de Tecnologia da Informação (TI) apresentou, no período de 2018 a 2021, resultados que indicam um crescimento muito acima da média nacional.

De acordo com pesquisa da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), a quantidade de empresas de Tecnologia da Informação apresentou uma expansão de 55% nos últimos três anos. Até dezembro do ano passado, o Brasil tinha mais de 422 mil empreendimentos na área de TI, considerando as empresas dos ramos de hardware, software e serviços.

Para se ter uma ideia de como a pandemia impulsionou esse segmento, 85 mil companhias de TI foram abertas no Brasil, em 2020. Nesse mesmo ano, o faturamento do setor de Tecnologia da Informação no País foi de R$ 426 bilhões, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

A estimativa é que surjam novas corporações de TI nos próximos anos em virtude do interesse das empresas de outros setores pela digitalização dos negócios. Outro aspecto que motiva esse movimento abrange o foco em expandir a segurança da informação.

Afinal, as organizações precisam seguir as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que estabelece multas que podem chegar a R$ 50 milhões ou a 2% do faturamento bruto.

Para se adaptar de maneira plena a essa legislação e às mudanças impostas pela transformação digital, muitas empresas estão apostando no serviço de consultorias de TI para explorar, de maneira mais estratégica, os recursos mais avançados de Tecnologia da Informação.

Mais um ponto que favorece a expansão do setor de TI nacional contempla a necessidade de reduzir os custos com infraestrutura tecnológica. Esse movimento contribui principalmente para um maior foco em computação em nuvem, cuja expansão no Brasil deve atingir 30% em 2021, de acordo com estudo da Mandic Cloud Solutions.

Oportunidades

O surgimento de novos negócios e a demanda cada vez maior por serviços tecnológicos têm como uma das principais consequências o aquecimento do mercado de trabalho no setor de TI.

De acordo com levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), devem ser abertas, nos próximos dois anos no Brasil, aproximadamente 420 mil vagas para profissionais de TI.

É um número bastante robusto e que vai na contramão de várias carreiras. Outro aspecto marcante é que o setor de Tecnologia da Informação apresenta um déficit de mão de obra, que chega a 24 mil trabalhadores, segundo um estudo da Brasscom.

Essa mesma Associação também aponta que, de 2019 a 2024, o número de formados em TI é de 46 mil profissionais por ano. Contudo, a demanda por trabalhadores, nesse mesmo período, alcança cerca de 70 mil trabalhadores.

Inegavelmente, o setor de TI está na contramão da economia nacional em virtude dos excelentes resultados e da crescente demanda por mão de obra. Para minimizar o déficit de trabalhadores na área, é fundamental haver uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada para capacitar o maior número de profissionais possível.


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