O setor de Tecnologia da Informação (TI) tem como um dos aspectos mais marcantes a reduzida participação feminina. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a presença de mulheres na TI é baixa no Brasil, tanto que apenas 20% dos profissionais do segmento são do público feminino.

E essa disparidade tem um caráter ainda mais impactante, se levarmos em consideração que as mulheres correspondem a 52,2% da população brasileira. Além de aspectos culturais, há um conjunto de fatores que influenciam na ausência de uma participação feminina expressiva na área de TI.

Neste artigo, vamos destacar ações que podem contribuir para expandir a presença de mulheres no segmento de Tecnologia da Informação. Confira!

Foco em uma qualificação direcionada

Atualmente, há iniciativas que priorizam expandir a presença de mulheres na TI. Uma delas é a plataforma Mais Mulheres na Tech, que disponibiliza capacitações on-line gratuitas em áreas como inteligência artificial, desenvolvimento de sistemas, computação em nuvem, segurança da informação, infraestrutura, entre outras.

Criada pela Microsoft em conjunto com a WoMakersCode, essa plataforma disponibiliza certificados para as alunas e oferece cursos ministrados apenas por mulheres. Sem dúvida, é uma alternativa interessante para iniciar uma carreira em um mercado com grande potencial de crescimento.

Um estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) aponta que serão criadas quase 800 mil novas vagas até 2027 no Brasil. Contudo, o País forma anualmente cerca de 53 mil profissionais de TI. Essa situação vai gerar um déficit de 532 mil profissionais para o setor.

Busca por informações qualificadas sobre TI

Não faltam veículos especializados em Tecnologia da Informação que divulgam oportunidades de trabalho, ofertas de cursos e tendências do setor. Muitos sites (Convergência Digital, IP News, IT Fórum, Canal Tech, entre outros) contribuem para o público-alvo se manter informado sobre como alcançar um desempenho notável na área de TI.

As redes sociais também são uma ferramenta interessante para compreender melhor a dinâmica do mercado de trabalho no segmento. No caso do público feminino, há um perfil no Instagram denominado @mulheres.na.ti, que tem mais de 15 mil seguidores e diversas dicas que ajudam a audiência a se qualificar melhor para conquistar uma vaga.

Também é válido seguir perfis de organizações no segmento de Tecnologia da Informação no LinkedIn, rede social que destaca vagas de emprego e tendências que podem ajudar uma profissional a vencer desafios e a obter ótimos resultados.

Análise estratégica do mercado

Mais um ponto importante para expandir a presença de mulheres na TI é uma avaliação sobre as carreiras em evidência no momento. Na área de Tecnologia da Informação, não faltam oportunidades para desenvolvedoras, cientistas de dados, analistas de segurança da informação, arquitetas da nuvem, entre outras funções.

Vale ainda destacar que as mulheres estão cada vez mais assumindo cargos de liderança do segmento de TI. Bons exemplos disso são a Glória Guimarães, que assumiu a presidência do Serpro, no período de maio de 2016 a fevereiro de 2019, e a Marcianne Lima, diretora Técnica do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest) desde janeiro de 2019. 

Com certeza, a participação feminina na área de Tecnologia da Informação tem um grande potencial de crescimento nos próximos anos. Se você gostou deste artigo ou tem sugestões de temas para serem abordados futuramente, envie e-mail para comunicacao@prodest.es.gov.br. Afinal, estamos à disposição para compartilhar conhecimento.