Governo do Estado do Espírito Santo

O cenário para a expansão de Data Centers no Brasil

A expansão da inteligência artificial (IA) gerou um crescimento na busca por uma maior capacidade de processamento de dados. E uma das consequências disso é a necessidade de construir mais Data Centers (ambientes responsáveis pela gestão e proteção de dados institucionais).

 

Outro aspecto que influencia no maior investimento em estruturas robustas de armazenamento de informações é o aumento no consumo de energia gerado pela IA. Para se ter uma ideia, uma busca no Chat GPT tem um consumo dez vezes maior de energia do que uma busca no Google.

 

E a tendência é que o consumo de eletricidade em Data Centers cresça consideravelmente nos próximos anos. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o consumo de energia elétrica nesses ambientes chegou a 460 Terawatt-hora (TWh) em 2022. A estimativa é que esse número possa atingir 1.050 TWh até 2026.

 

Ou seja, a previsão é que haja um aumento superior a 100% no consumo de eletricidade dos Data Centers em um intervalo de apenas quatro anos. Sem dúvida, esse é um ponto que precisa ser observado com muita atenção.

 

Isso porque parte dos países europeus e os Estados Unidos, regiões que concentram 60% dos Data Centers no mundo, têm preocupações consideráveis com o consumo de água e de eletricidade no futuro. Além disso, contam com regulações que exigem um maior cuidado com a eficiência energética e as emissões de carbono.

 

Essa conjuntura cria um cenário favorável para o Brasil atrair mais investimentos para a construção de Data Centers. Um dos motivos é que a crescente demanda por armazenamento de dados forçam as empresas a buscar locais que proporcionem energia limpa e abundante, infraestrutura adequada e custos menores para a instalação desses ambientes.

 

Inegavelmente, a segurança energética é um fator que chama muito a atenção dos grandes players do mercado de infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI). Isso, sem dúvida, é um fator positivo para o Brasil, que conta com várias fontes de energia e uma infraestrutura robusta de transmissão e distribuição.

 

Além disso, o País tem um custo menor de produção e distribuição de eletricidade, se compararmos com os Estados Unidos e a Europa que dominam o mercado de Data Centers na atualidade.

 

E esse quadro já tem influenciado nos investimentos previstos para a construção de estruturas de ponta para armazenamento de dados no Brasil. Segundo a consultoria Arizton Research, os investimentos em novos projetos de Data Centers no País serão de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 39 bilhões) por ano até 2030.

 

Esse momento favorável para a expansão de Data Centers no Brasil envolve não apenas a questão elétrica, mas também a posição geográfica e um maior foco das empresas e da Administração Pública por investimento em novas tecnologias, como a Inteligência Artificial.

 

Atento a esse movimento, o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest) está investindo na modernização e ampliação do primeiro Data Center do Estado.

 

Além disso, está iniciando o projeto para a construção de um segundo Data Center do Governo do Estado, que ficará em Carapina, na Serra. Essa iniciativa faz parte do Programa ES+Inteligente que prevê um investimento de US$ 76,5 milhões nos próximos cinco anos, por meio do Governo do Estado e do Banco Mundial.

 

O ES+Inteligente tem como metas modernizar e inovar a prestação de serviços públicos, tornando-os mais eficientes, acessíveis e conectados à realidade dos capixabas. Por isso, tem como um dos pilares a ampliação da capacidade de armazenamento e processamento de dados dos serviços estatais por meio da construção de um novo Data Center.

 

Sem dúvida, é necessário acompanhar o avanço tecnológico de forma estratégica e responsável para aprimorar continuamente a infraestrutura tecnológica, os serviços digitais e oferecer um melhor atendimento à população.

 

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